terça-feira, 14 de dezembro de 2010

ROMANTISMO À MODA ANTIGA...

Às vezes me pego sendo um pouco romântico... É claro que ainda sou do tempo antigo, quando era normal, passar semanas paquerando e esperando acontecer a primeira conversa meio tímida...

Inclusive havia um colega de turma que falava que às vezes podia acontecer uma paquera por telepatia... No dia que a outra pessoa ficava sabendo, acabava tudo...

Mas, em meu achômetro, o poeta estava certo quando falou que o amor é feito de pequenas coisas... Por isso tem gente que acha que estaria em fragmentos...

O fato é que enquanto o jovem atual acha que antigamente as coisas eram muito paradas, é possível compreender que poderiam parecer paradas, mas, não acontecia tanto desencanto, desengano e desconforto como ocorre nos dias atuais, quando está sendo comum se correr do nada pra lugar nenhum, muita desilusão, muita indiferença, muita frieza, solidão a dois, etc...

De forma ilusória, algumas pessoas estão fazendo o teste da cama: SE conseguirem auto–realização (nessa área), nas primeiras vezes, as coisas darão certo no dia–a–dia... CONTUDO, quando olhamos a realidade atual, temos a impressão que as coisas estão piores após o liberalismo conjugal...

Pra justificar a falta de disposição pra enfrentar o desafio, pessoas já casam (entre aspas), dizendo que se não der certo, apartam os cacos... Certamente, casam sem projeto algum – Apenas, querendo realização sexual...

Entendemos que a vida sexual seja muito importante (completa a vida conjugal); CONTUDO, por mais importante que seja não devemos resumir tudo em relações sexuais bem sucedidas... O ser humano não seria uma máquina pra funcionar enquanto a bateria estiver carregada (e depois, troca a bateria)...

Algum tempo a disposição de uma escola de 1º e 2º grau e, comprovamos (no dia–a–dia), ser grande a quantidade de alunos registrados apenas no nome da mãe... Certamente, algum homem se divertiu com a mãe e tirou o corpo fora...

Outra coisa que pudemos observar... Nas praças e ruas meio escuras da cidade; Debaixo de árvores, etc... Casais se agarram e, em alguns casos fazem de conta que estariam em um motel... Lembramos que, tem sido comum (em nosso país), jovens da zona rural efetuar sua matrícula, pra se divertir um pouco na cidade: Transporte escolar gratuito, noites na cidade, etc...

Vida sem propósitos reduzida ao aqui e agora...

Certamente, o amor é um sentimento a ser aprendido, como disse Walter Trobish em seu livro... E, temos sido obrigados a pensar (por livre e espontânea vontade), que seria uma simples emoção – Coisa de momento; Afinal, o importante é ser feliz (no momento), apela o anúncio publicitário...

ASSIM, cultivar a relação a dois de forma saudável, levará tempo e, a urgência com na sociedade pós–moderna impede algo assim... Entendemos que o amor não pode ser resumido numa emoção instantânea.

Não queremos (simplesmente) dizer que a solução dos males pós–modernos seria trazer o passado de volta... MAS, achar que o romantismo à moda antiga não teria um propósito mais saudável, seria o mesmo que dizer que precisamos de emoções ou novidades a cada momento...
As emoções e as novidades devem, sim, se fazerem presentes em nossa vida... MAS, reduzir o senso de realização as fortes emoções de sua novela preferida seria tapar o sol com a peneira ou acha que a vida seria uma espécie de reality show...



OBS: Publicado no Recanto das Letras (fchagass) em 14/12/201.

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